Por revistapegn.globo.com/Startups
Foram sete anos no mercado financeiro até a economista Manoela Mitchell decidir empreender por conta própria. Depois de se aprofundar no mercado de startup com experiências em grandes fundos de investimento, decidiu fundar a sua. Ela, que era responsável por analisar o setor de saúde em mercados como o de Cingapura, optou por permanecer no segmento.
Convidou os amigos Thiago Torres e Vinicius Corrêa, um economista e um dos primeiros desenvolvedores do Nubank, e largou o emprego em 2018. A ideia? Dedicar-se completamente ao mercado de planos de saúde. O grupo levou um ano até chegar ao conceito hoje praticado pelo negócio. Em junho de 2019, tiraram a Pipo Saúde do papel.
No primeiro ano, a empresa formou o time e o primeiro produto e conquistou seu primeiro cliente. A Pipo Saúde trabalha diretamente com o setor de recursos humanos das empresas a fim de otimizar a gestão de benefícios de saúde e planos de saúde. A startup ajuda seus clientes a escolher o plano de saúde ideal para os seus funcionários e a fazer a gestão desses benefícios. Por exemplo: a Pipo Saúde é capaz de personalizar o reajuste no valor do plano com base no comportamento dos colaboradores. “Se um funcionário usa o benefício muito mais do que o outro, o seu reajuste é maior”, diz Mitchell.
Com a pandemia, a empresa deu um salto. No começo do ano, eram 12 funcionários e três clientes. No fim de 2020, a empresa fechou com 60 pessoas no time e mais de 70 clientes – um crescimento total do negócio de dez vezes, conta a empresária. Em junho, a companhia ainda anunciou o investimento de R$ 20 milhões dos fundos Monashees e Kaszek, com participação da ONEVC e anjos como David Vélez, cofundador do Nubank.
A startup atua como uma “corretora”, e sua receita vem das operadoras de saúde. Hoje, a empresa cuida mais de 7 mil vidas em sua operação.
Em 2021, a empresária espera mais um ano positivo. “Esse momento que estamos vivendo é de reflexões sobre saúde e digitalização, e tudo isso estimulou o nosso crescimento”, diz. O objetivo é expandir o negócio em cinco vezes até o final do ano.
Segundo o site www.abcdacomunicacao.com.br, a Pipo Saúde , startup que otimiza a contratação e gestão do plano de saúde pelo RH das empresas, anuncia o aporte de R﹩ 20 milhões de reais, liderado pela Monashees e Kaszek, com a participação da ONEVC e anjos, como o CEO do Nubank, David Velez. Por meio da tecnologia e dados, a Pipo recomenda os melhores planos para o RH, otimizando custos e oferecendo uma melhor experiência e serviço para empresas clientes e seus colaboradores. O investimento tem como objetivo impulsionar a startup a alavancar seu crescimento e sua expansão pelo Brasil. Alguns dos seus principais clientes hoje são: Buser, OYO, Caelum, Funcional Healthtech e PIER, entre outros.
“Apesar da saúde ser a coisa mais importante da vida das pessoas, um dos custos mais relevantes das empresas, e um mercado de R﹩ 250 bilhões por ano, não existe uma solução de qualidade para ajudar os RHs a comprarem e gerirem saúde da melhor maneira. Nós nascemos para mudar isso”, diz Manoela Mitchell, cofundadora e CEO da Pipo. E o investimento vem em um momento oportuno. Desde o início do ano, 111 mil pessoas compraram plano de saúde e a Pipo Saúde se beneficiou desse mercado que segue forte apesar do coronavírus. Desde janeiro, a empresa cresceu 7x o número de clientes e planeja fechar 2020 dez vezes maior do que hoje.
A Pipo Saúde foi criada por três fundadores que se juntaram para melhorar o mercado de saúde e por entender que este ainda é um setor carente de inovação e que pedia uma transformação. Manoela já estudava o mercado de saúde antes de empreender, quando trabalhou nos fundos Temasek e Actis nessa área. Ao se juntar com seus co-fundadores Thiago Torres e Vinicius Corrêa, eles acabaram escolhendo focar no mercado de planos de saúde para empresas, que responde por cerca de 70% dos 47 milhões de brasileiros com esse benefício, que já é hoje o segundo maior gasto das companhias atrás apenas da própria folha de pagamento.
“O time da Pipo Saúde é exatamente o time de empreendedores que buscamos na Monashees: genuinamente preocupados em utilizar tecnologia para melhorar a experiência e trazer eficiência para milhares de empresas que hoje são carentes de produtos alinhados com as suas realidades” diz Caio Bolognesi, sócio da Monashees responsável pelos investimentos de saúde. “Nos últimos anos, diversos setores foram verdadeiramente transformados pela tecnologia, mas muito pouco aconteceu na saúde. Nós vemos na Pipo a oportunidade de radicalmente melhorar a experiência das pessoas com a saúde e estamos otimistas com que está por vir,” diz Hernan Kazah, cofundador e managing partner da Kaszek.
Além de desmistificar a parte burocrática da contratação dos benefícios de saúde, a startup oferece um time de saúde exclusivo para tirar dúvidas e ajudar os funcionários das empresas clientes a terem uma melhor experiência, bem como quer cada vez mais trabalhar com soluções complementares às necessidades do RH, tais como: saúde primária, telemedicina, saúde mental e ocupacional. Tudo isso com acompanhamento e supervisão do Chief Medical Officer da startup. “Temos no Brasil uma cultura muito centrada no hospital, em que o paciente vai no pronto-socorro para quase tudo. Queremos mudar isso, ajudando nossos clientes a tomarem decisões melhores, focando em prevenção e visitas a especialistas”, diz Thiago Torres, COO da Pipo Saúde
A Pipo Saúde se insere no lugar do corretor de seguros tradicional, mas não cobra dos seus clientes e monetiza seu negócio por meio da comissão que recebe das operadoras. Agnóstica a produto, já que trabalha com todas as principais operadoras, como: Sul América, Bradesco Seguros, Amil, GNDI, Seguros Unimed, Careplus e Omint, a startup foca na satisfação do seu cliente. Por meio da tecnologia e muitos dados, a Pipo reduz a papelada e burocracia, oferecendo muito mais insights e inteligência aos RHs trazendo sempre a melhor estratégia de benefícios para as empresas, que deixam de ser vistos apenas como custos mas como um importante aliado para a atração e retenção de talentos.
“Hoje boa parte das empresas no Brasil recebem pouquíssimo suporte dos corretores de seguro, é um mercado que parou no tempo e com alinhamentos de interesse incorretos. A Pipo Saúde é uma empresa que pode gerar milhões em valor futuro para todos os envolvidos,” afirma Arthur Brennand, sócio da ONEVC.
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