Por: Michelle Costa Silva
E se parássemos para pensar: “Em que área da vida estamos sendo influenciados pelo meio, ou seja, pelas coisas que nos cercam? Ou ainda, quem sabe, possamos estar influenciando o ambiente com nossa própria identidade?”. Max Weber, sendo considerado como um dos fundadores da sociologia, revela em suas obras que o indivíduo é quem gera influência sobre a sociedade, uma vez que, encontra-se dotado por opiniões, poder de decisão e ação, convicções e crenças. Sendo assim, esse conjunto de características o moldam, e consequentemente, exercem seu influxo para o meio ambiente.
Weber tratou sobre diversas vertentes ao decorrer de seu curso, entre elas, pontuou sobre racionalidade, religião, educação, a própria administração, etc. Com isso, nota-se que o sociólogo deixa um questionamento quanto a relação entre religião, educação e economia, isto é, Weber correlaciona essas variáveis a fim de mostrar o impacto entre elas, e como resultado disso, o efeito no indivíduo e sociedade. Em um artigo sobre “Religiosidade no Brasil”, publicado pela Scielo em dois mil e treze, percebe-se que cerca de 90% dos brasileiros estão abarcados pelo cristianismo e catolicismo. Além disso, é fácil encontrarmos pessoas ao nosso redor, seja na faculdade, no trabalho, na vizinhança, etc., que cresceram em uma cultura religiosa.
Com isso, extrai-se desse cenário, que uma grande parte da população possui sua conduta, modos, rotina, princípios e hábitos baseados em algo que lhes foi repassado e ensinado desde o início. Além disso, sabe-se que existem diversos tipos de religião, logo, torna-se a “criação de condutas” ainda mais diversificada.
Dessa mesma maneira, pontuamos agora a educação, Weber diz que assim como a religião, a educação também desenvolve em seus alunos uma cultura, e, portanto, novos comportamentos, etc. Relacionando esses pontos, encontramos na obra de Max Weber “Ética Protestante e o ‘espirito’ do capitalismo”, que o autor demonstra que existe de fato uma adaptação entre uma educação religiosa e o capitalismo à sua cultura. Com isso, o sociólogo gerou uma serie de comparações, buscando definir o capitalismo moderno e o processo de civilização dominada pelo processo de racionalização crescente.
Weber definia a religião como “uma maneira particular do modo de agir em comunidade”, e em uma de suas observações quanto ao tema, ele demonstra que os comportamentos motivados por alguma religião, são feitos de maneira racional. Isto é, a principal contribuição de Weber consistia em indicar que existem diversos tipos de racionalidade, e que a racionalização da própria religião, contribuiu para o surgimento da modernidade. A partir disso, podemos extrair que o indivíduo estar em constante mudança e assim, constante racionalização, devido aos fatores externos e a modernidade, contudo, o mesmo, no olhar weberiano, influencia a sociedade com tais novidades a cada época, no modo de pensar, agir e falar, e por isso, é preciso estar atento as questões trazidas e apresentadas pelo meio, buscar conhecimento, criticar e observar a fundo. Os indivíduos possuem criações e condutas distintas, seja pelos locais que frequenta, a sociedade que viveu, ou o que consome, e com isso, seu caráter é moldado para influenciar a partir da sua maneira de ver o mundo.
*Estudante universitária em Ciências Contábeis, na Universidade Euro Americano, trabalhadora no setor contábil de condomínios e órgãos públicos.
Bibliografia:
- PEREIRA, J. B. B. Religiosidade no Brasil. São Paulo: Edusp, 2013, disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142013000300022
- J. L. Carvalho Filho – Religião, educação e economia em Max Weber, disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1519-60892014000300540&script=sci_arttext
- CASTILO, J. Teólogo espanhol Religión Digital, disponível em: <http://zelmar.blogspot.com/2016/01/a-religiao-e-uma-economia-servico-de-1.html
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