Por: redação – revistapegn.globo.com
O isolamento social não fez com que todas as pessoas parassem de se preocupar com moda. Durante o ano, PEGN contou a história de diversas mulheres empreendedoras que, mesmo com a crise, conseguiram destacar seu negócio no setor. Conheça algumas delas.
Quando recebeu a notícia de que havia sido aprovada na faculdade de Medicina, Giulia Gargione não sabia o que fazer. Com os pais desempregados, a jovem não tinha como arcar com os custos altos da mensalidade. A solução veio com a ideia de vender roupas pela internet. Giulia criou a marca Giu Store e fez tanto sucesso com o negócio de moda que hoje, mais de três anos depois, vende cerca de 4 mil peças por mês.
1. Giulia Gargione
Durante a pandemia, Giulia conseguiu ver seu negócio crescendo: as vendas e o faturamento triplicaram em relação ao ano passado. Outra conquista foi realizada em julho deste ano, quando ela abriu a sua primeira loja física, na cidade de Barueri (SP).
2. Patrícia Ramos
Sinceridade é o segredo de Patrícia Ramos, influenciadora e fundadora do e-commerce de roupas Collection By Paty. Nas redes, compartilha para os milhões de seguidores conteúdos sobre autoestima, casamento e evangelho — sempre de bom humor.
No negócio, a transparência é a mesma. “Eu só vendo o que eu gosto. Sou muito assídua com o que eu escolho. Eu não penso no que vai vender mais, penso no que eu usaria”, diz. Com o sucesso nas redes, ficou mais difícil para ela se dedicar à loja, que também teve um aumento de 1000% nos números de pedidos desde que explodiu na internet. Hoje, vende 400 peças por mês pelo site, mas tem planos de criar suas próprias modelagens com uma confecção e abrir uma loja física.
3. Kamila Garau
Abrir um negócio na área de moda não estava nos planos de Kamila Garau. Ela se formou em arquitetura no final de 2017, mas sabia que não se identificava com a profissão. Durante uma viagem, em 2019, teve a ideia de investir em um clube de assinaturas. “Pensei em vender roupas, mas sabia que seria difícil acertar tamanho e lidar com a questão da troca”, conta. Foi então que pensou em acessórios: algo de que ela gostava e que despertaria interesse dos clientes.
Assim nasceu a Nove do Nove Box. O investimento inicial foi de R$ 800, para comprar as caixas personalizadas. No primeiro mês de negócio, já conseguiu 20 assinaturas — cada uma pelo valor de R$ 79. A meta era conseguir 200 assinaturas até o final do ano, número que foi alcançado em agosto. Atualmente, a empresa tem mais de 360 assinantes.
4. Heloísa Gomez
Uma paixão de infância que se transformou em um negócio de verdade. Aos 24 anos, Heloísa Gomez é fundadora da marca de bolsas LOI. “Desde criança, sempre fui ligada à arte. Minhas roupas viviam sujas de tinta. A ligação com a moda veio um pouco depois. Eu tinha oito anos e ganhei um livro de desenho de moda, bem técnico”, conta. Depois de estudar Artes Visuais, veio a vontade de unir moda e artes plásticas. Fez uma especialização em confecção de bolsas, pesquisou o mercado e investiu R$ 15 mil para montar seu ateliê, onde hoje vende as peças.https://b63ab00e23d1ba5b7c82bef6e3cbf480.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html
Além do espaço físico, o Instagram também funciona como um canal de vendas, onde a empreendedora dá detalhes da fabricação das bolsas e fala sobre o dia a dia do negócio. Para o futuro, espera lançar outros itens no catálogo, como cintos e necessaires.
5. Nathália Quatrini
Depois de trabalhar por oito anos como advogada, Nathália Quatrini decidiu mudar de profissão. Quando se formou em Direito em 2011, ela tinha o sonho de ser delegada de polícia, mas não passou no corcurso público depois de três anos tentando. “Eu desisti e continuei como advogada, mas não gostava da minha carreira”, afirma.
Sem saber com o que poderia trabalhar, olhou para si mesma e pensou na dificuldade que tinha para encontrar roupas bonitas que servissem nela — que veste manequim 46. Decidiu então entrar no mundo da moda e abrir uma loja de roupas plus size com tamanhos de 44 a 62. Hoje, a empreendedora de 34 anos fatura em torno de R$ 10 mil por mês.
6. Alice Salerno
Apesar da sua conexão com a alta moda, Alice Salerno, de 28 anos, sempre achou a indústria tóxica demais. Por conta disso, começou a ter contato com o nicho de roupas sustentáveis. “Eu descobri que a moda pode ser um instrumento maravilhoso, mas sem ser negativa para o ambiente e para as pessoas.
Ela então comprou roupas usadas de pessoas comuns para transformá-las em peças estilosas. Assim nasceu a Teres. Desde maio, a empresa já conseguiu coletar 250 peças de desapego e produzir 100 novas roupas que estão à venda no e-commerce. O interessado deve separar as peças, mesmo que estejam rasgadas ou manchadas, e preencher um formulário. Em até três dias, um motoboy recolhe os itens. Cada peça entregue reverte R$ 10 em créditos para que o consumidor utilize no próprio site da Teres.
7. Sheila Carvalho
Sheila Carvalho é moradora de Manaus, no Amazonas. Meses após dar à luz, há cerca de quatro anos, a então dona de casa teve uma ideia de negócio que a transformou em uma empresária milionária. Sua inspiração? Kim Kardashian. A ideia veio a partir de um post da socialite, que tem uma marca de cintas modeladoras. Inspirada, Carvalho resolveu montar o próprio negócio no ramo.
“Depois da gravidez, eu não conseguia gostar de mim. Foi quando veio a ideia de trabalhar com produtos que melhorassem a autoestima das mulheres. Quando eu coloquei uma cinta modeladora, eu vi que aquilo me ajudava”, afirma. Hoje, a Sheila Cintas tem uma fábrica com 50 costureiras, 2 mil revendedoras, exporta para mais de dez países e fatura cerca de R$ 6 milhões por ano.