Por: Redação EUpontocom

Criar uma atmosfera de intimidação sem dizer uma palavra, isso impede ações diretivas por parte da pessoa tocada, uma vez que cria uma instabilidade emocional, a deixando desnorteada por algum tempo.

Os toques momentâneos, dizem os pesquisadores – seja um aperto de mão, um toque carinhoso no ombro ou um apertão no braço -, podem comunicar uma variedade de emoções mais extensa do que os gestos ou expressões. Às vezes, o toque gera, inclusive, uma comunicação mais rápida e precisa do que as palavras.

– Definições: o que é violência passiva ?

Violência passiva acontece quando uma pessoa não age diretamente para causar dano, mas faz algo que desestabilizam outras pessoas. Isso pode incluir coisas aparentemente corriqueiras como fazer uma piada ou tocar a pessoa (abraço, aperto de mão) com a qual está se comunicando em um contexto que não caberia tal ato.

O analista comportamental Rui Mergulhão Mendes afirma que quando falamos com alguém e colocamos a mão no ombro da pessoa “Geralmente colocamos a mão naquilo que é nosso”, ou seja, o gesto pode indicar que a pessoa se sente num estado de superioridade em relação àquela com quem conversa”.

LINGUAGEM CORPORAL – A análise do discurso (não verbal) dos candidatos a primeiro-ministro em Portugal mostra a preocupação atual no poder dos gestos em embates políticos.

“Essa é a primeira linguagem que aprendemos”, disse Dacher Keltner, professor de psicologia da Universidade da Califórnia em Berkeley e autor de “Born to Be Good: The Science of a Meaningful Life” (“Nascido para Ser Bom: A Ciência de uma Vida Significativa”). “Esse continua sendo o meio mais rico que temos para expressarmos emoções durante toda nossa vida”, analisa.

O momento em que Jair Bolsonaro (PL) tocou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o debate na Band, na noite deste domingo (16/10), viralizou nas redes sociais. Os presidenciáveis ficaram em silêncio logo depois, o que foi considerado “constrangedor”. (crédito: Renato Pizzuto/Band)

Em uma série de experimentos comandados por Matthew Hertenstein, psicólogo da Universidade DePauw, voluntários tentaram comunicar uma lista de emoções ao tocarem em um estranho que estava com olhos vendados. Os participantes puderam comunicar oito emoções distintas, desde um sentimento de gratidão até desgosto ou desprezo. A média de acertos foi de 70%.

“Costumávamos pensar que o toque servia apenas para intensificar as emoções comunicadas”, disse Hertenstein. “Agora, descobrimos que é um sistema de sinais muito mais diferenciado do que imaginávamos”.

– Violência passiva nas redes sociais

Em vez de uma explosão de fúria, uma piada, um deboche, uma indireta, palavras dúbias ou um silêncio total, são reações típicas do comportamento passivo-agressivo. Quem convive com uma pessoa passivo-agressiva sofre muito, sobretudo quando essas reações são frequentes. “Trata-se de um transtorno de personalidade com um comportamento quase sempre de vitimização nas relações interpessoais, mas dissimulam uma agressividade, criando ambientes desfavoráveis para convivência”, explica Ligia Costa Leite, professora do Instituto de Psiquiatria da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Violência passiva nas redes sociais é um problema porque ela alimenta o ciclo de violência. Pessoas que são vítimas de violência passiva nas redes sociais tendem a se sentir isoladas e impotentes, o que pode levar ao desespero e à raiva. Essas emoções podem, por sua vez, ser canalizadas de forma negativa, levando à agressão. Além disso, a violência passiva pode ter um impacto negativo na auto-estima das pessoas e afetar seu bem-estar geral.

– Violência passiva nos ambientes políticos

A violência passiva é um problema em ambientes políticos porque ela cria uma atmosfera de receio e afeta a ação por meia da intimidação. Isso impede que as pessoas seja objetiva na discussão de ideias, o que é essencial para a democracia. A violência passiva também incentiva o bullying e a agressão, pois as pessoas se sentem impunes para agir dessa maneira.

– As consequências da violência passiva para a democracia

Quando a violência é usada como uma ferramenta política, ela geralmente é considerada inaceitável. No entanto, a violência passiva – aquela que não envolve a agressão física direta – é um problema crescente na política. A violência passiva como o uso da coerção moral ou psicológica para controlar ou intimidar outros.

A violência passiva também tem consequências para os indivíduos afetados por ela. As vítimas da violência passiva podem sofrer danos emocionais e psicológicos momentâneos, desestabilizando moralmente o oponente ou graves, incluindo ansiedade, depressão e estresse post-traumático. Esses danos podem ter um impacto significativo na qualidade de vida das vítimas e afetar negativamente sua capacidade de participar plenamente da vida política e social.

Por fim, a violência passiva mina a confiança na convivência social, pois quando as pessoas veem que outras estão sendo ameaçadas ou coagidas para seguir certos rumos políticos, isso cria uma sensação de insegurança e desconfiança nas ações de quem é afetado. Isso por sua vez pode levar à diminuição da participação das pessoas atingidas no grupo e à maior probabilidade de que surjam movimentos autoritários ou totalitários.

– Conclusão

A violência passiva é um problema porque ela promove a insegurança, a instabilidade e o medo, sendo uma forma de coerção que pode ser usada para impor a vontade um sobre a ação do outro, criando barreiras à participação democrática e à construção de uma sociedade mais justa e solidária.

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