Por O Globo

DUBAI — O Irã executou, neste sábado, o jornalista e ativista Ruhollah Zam, de 42 anos, informou uma TV estatal. Responsável pelo canal on-line Amadnews, que tinha mais de um milhão de seguidores, o iraniano recebeu a sentença sob a acusação fomentar a violência durante protestos antigovernamentais em 2017.

Filho de um clérigo xiita pró-reforma, Zam chegou a fugir do Irã e receber asilo na França, mas foi capturado. Em outubro de 2019, a força da Guarda Revolucionária do Irã disse que prendeu Zam em uma “complexa operação de inteligência” sem informar onde a operação ocorreu.

A Nour News, uma agência de notícias próxima à Guarda Revolucionária, informou ainda que, “depois de viajar para o Iraque em setembro de 2019, ele [Zam] foi preso por agentes do serviço de inteligência da Guarda Revolucionária e levado ao Irã”.

O grupo de direitos humanos Anistia Internacional criticou fortemente a decisão da pena, que foi mantida na última terça-feira pela Suprema Corte do país. “A Suprema Corte do Irã sustentando a sentença de morte de #RouhollahZam, um jornalista e dissidente, é uma escalada chocante no uso da pena de morte pelo Irã como arma de repressão”, disse em um documento.

O feed do Amadnews de Zam foi suspenso pelo serviço de mensagens Telegram em 2018 pela acusação de incitar a violência, mas reapareceu com outro nome.

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