Por EXAME

A pandemia da covid-19 chegou e mudou praticamente todas as relações e hábitos sociais. Os encontros com amigos, colegas e familiares precisaram ser suspensos, e a realidade do trabalho foi transformada, pelo menos para as funções em que esse movimento é possível. Nesse cenário, a Workana, uma rede de freelancers, realizou uma pesquisa sobre a mudança no mundo profissional, com as tendências para um novo perfil de trabalhador no pós pandemia.

Os freelancers são pioneiros no modelo de trabalho remoto que está predominando nos últimos meses. Desde o início de suas carreiras independentes, os profissionais da  modalidade precisaram se adaptar às incertezas de um mundo em constante transformação e desenvolver as habilidades necessárias para o trabalho à distância.

Nos relatórios anteriores da Workana, 75,8% dos trabalhadores freelancers escolheram esta modalidade por três principais motivos: a possibilidade de trabalhar de qualquer lugar, principalmente em casa; gerenciar os próprios horários; e escolher os trabalhos. Até então, apenas uma pequena parte escolhia ser freelancer por estar desempregado.

Mas esse cenário mudou com a pandemia. Este ano, 20,4% dos profissionais afirmaram que encontraram no trabalho freelancer uma alternativa frente ao desemprego, 15% a mais em comparação com a pesquisa realizada em 2019.

Quase 90% dos freelancers acredita que trabalhar nesta modalidade permite desenvolver a carreira da maneira que desejam. Isto acontece porque o crescimento depende quase exclusivamente do seu desempenho, o que faz com que estes profissionais sejam extremamente proativos e busquem atualizar- se constantemente. E é então que aparece a principal habilidade necessária  para estes profissionais.

Ser freelancer exige uma postura de Lifelong Learning. O termo significa a atualização e a aprendizagem contínua sobre a sua própria área de atuação, ferramentas e, claro, soft skills ou habilidades específicas que lhes permitam realizar melhor as suas tarefas. Freelancers também estão acostumados a se aventurar em outros nichos de trabalho e na aquisição de novas competências, aumentando assim o seu leque de oportunidades profissionais.

Para André Portilho, head da Exame Academy, o braço de educação da EXAME, o conceito de Life Long Learning deveria ser adotado por todo profissional que pretenda seguir relevante no futuro. “Cada vez mais as mudanças – tecnológicas e do mundo em que vivemos – ocorrem mais rapidamente. Quem não se atualizar constantemente, estará, automaticamente, fora do jogo.”, diz Portilho.

Ao mesmo tempo que a pandemia fez com que mais profissionais adotassem o modelo freelancer de prestação de serviços por necessidade, muitos que já atuavam na categoria tiveram algum trabalho cancelado por causa da crise pelo coronavírus, um total de 45%.

Entre as categorias que mais contrataram freelancers durante a pandemia estão:

  • Tradução e conteúdos (quase 70%)
  • Engenharia e manufatura (60%)
  • TI e programação (50%)
  • Finanças e administração (50%)
  • Marketing e vendas (quase 40%)
  • Design e multimídia (30%)
  • Legal (30%)
  • Suporte e administração (15%)

A pesquisa da Workana foi feita com 2.810 participantes na América Latina, sendo 47% do sexo feminino e 53%, masculino. Quase metade dos entrevistados têm ensino superior completo, mais de 17% têm pós-graduação, 4,2% têm ensino médio completo. Mais de 42% dos entrevistados são freelancer, 22% estão desempregados, 19% são funcionário de uma empresa e 15% são empreendedores.

Exame Academy é a plataforma de educação digital da Exame, paraoferecer conhecimento prático em disciplinas ligadas a áreas como finanças, gestão, negócios, carreiras, empreendedorismo e tecnologia.

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