Por Redação

O diretor administrativo do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) Alcione Pimentel Barros foi exonerado, nesta quinta-feira (24), após ser denunciado por assediar sexualmente uma servidora da unidade de saúde. A medida foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF).

Segundo depoimento feitos à Polícia Civil, a vítima fez contato com Alcione pela primeira vez para pedir ajuda com uma vaga de UTI para um familiar. Após essas conversas, o ex-dirigente teria feito convites para sair com a servidora, passou a mão em suas partes íntimas e enviou mensagens para a vítima.

A defesa do ex-diretor administrativo afirma que ele tem “como característica tratar todos com urbanidade e cortesia” e que nunca cometeu as práticas denunciadas. Ainda segundo o advogado, provas serão disponibilizadas no tempo oportuno (confira íntegra da nota abaixo).

Já a Secretaria de Saúde aponta que tomou ciência do caso por meio da superintendência regional. “O servidor será afastado e será aberto um processo administrativo para se apurar o caso”, declarou a pasta. O caso é investigado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), em Ceilândia.

Denúncia

Segundo a denúncia feita à Polícia Civil, em outubro deste ano, a vítima mandou uma mensagem a Alcione falando que precisava de uma vaga na UTI para o avô. O então diretor pediu para que o médico da UPA em que o familiar dela estava fizesse a solicitação via o sistema da Secretaria de Saúde.

Poucos dias depois, Alcione pediu chamou a vítima para uma sala. Assim que ela chegou, o dirigente fechou a porta, o que a servidora achou estranho.

Em seguida, o homem questionou se a mulher tinha saído no fim de semana e quando os dois sairiam juntos. Ele disse ainda que ela estava linda e que estava “para o crime”.

De acordo com a denúncia, a vítima respondeu que não achava ser uma boa ideia, já que ele era seu chefe. Segundo os relatos, quando ela se levantou para sair da sala, Alcione também teria se levantado e segurando o braço da vítima, passando a outra mão em seu pescoço, seios, barriga, bunda e partes íntimas.

A vítima relata que tudo foi feito contra a sua vontade expressa e que tentou se desvencilhar, mas o então diretor continuou lhe segurando. O homem teria ainda colocado a mão direita na mandíbula da mulher e a puxou.

A vítima disse ter travado a boca, mas que, mesmo assim, Alcione teria passado a boca e a língua no rosto da servidora. Em seguida, a vítima diz ter conseguido empurrar o homem e sair da sala.

A denúncia aponta ainda que, após o ocorrido, Alcione continuou chamando a servidora para ir até sua sala, mas que ela negou. Ele teria também se oferecido para deixar a vítima em casa.

Depois, o ex-dirigente enviou mensagens para a servidora lhe chamando para sair e perguntando se ela estaria no hospital, de acordo com os relatos. Após uma mensagem em que o homem mandou um vídeo do ambiente e a chamava para “sextar”, a servidora afirma ter decidido procurar a Polícia Civil para denunciar o caso.

O que diz a defesa

“Alcione Pimentel ocupa posição de chefia no Hospital Regional da Ceilândia e tem como característica tratar todos com urbanidade e cortesia, e pode provar isso. Nunca cometeu esse tipo de prática, acredita na Justiça e possui alguns elementos de prova que disponibilizará no tempo oportuno. Em virtude do cargo que ocupa, pode haver também motivações políticas, e também possue elementos para acreditar nesta hipótese.”

Com informações da TV Globo

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