Por Revista Fórum
O deputado estadual José Geraldo Santos Alves Pinheiro, conhecido como Geraldo da Rondônia (PSC), foi denunciado nesta segunda-feira (14) de agressão contra a bailarina Bárbara Knightz. No boletim de ocorrência, ela diz ter sido xingada e agredida no braço pelo deputado enquanto trabalhava em um evento em Ariquemes (RO), no último sábado (12).
Em vídeo publicado no Instagram, Bárbara conta que estava tomando um ar na parte de fora da casa de festas quando um funcionário do deputado perguntou se ela dançaria para Geraldo por alguns minutos, em troca de dinheiro.
Depois da apresentação no evento, a bailarina conta que estava novamente do lado de fora da casa quando o deputado passou a agredi-la verbalmente.
“Começou a falar que eu era metida, porque tinha recusado a proposta dele”, conta. “Eu não faço isso, pode mandar me matar no lugar. Isso não existe, nós estávamos trabalhando”, completou.
“O que a gente passa por ser bailarino, por ser dançarino. Eu fico muito emocionada, porque é muita falta de respeito. É muito triste, é muito humilhante. Não é porque é mulher, que tá dançando lá no palco, que ela não tem seu valor, seus princípios. Que ela não é uma mulher batalhadora. Hoje eu sou engenheira, trabalho muito, mas eu sou bailarina de palco e eu mereço respeito por isso”, desabafou Bárbara no vídeo.
A bailarina conta ainda que Geraldo gritava que “ninguém iria entrar na festa”, pois ele “quem mandava ali”.
“Gritou, xingou a banda e usou do poder para falar que ninguém entraria. Quando ele xingou, eu me levantei e disse que ele estava falando assim comigo porque eu não aceitei a proposta de dançar para ele”, lembra Bárbara.
“Falei pra ele ‘olha, você tá fazendo isso, porque eu não aceitei a sua proposta, porque eu não aceitei dançar para você por dinheiro. Eu não sou vagabunda, eu não sou prostituta’. Nesse momento ele me deu um tapa. Eu fiquei pasma”, completa.
Ao G1, a dançaria diz que o tapa atingiu seu braço, mas por pouco não a machucou no rosto. Ela conta ainda que foi assediada pelo filho do parlamentar após a agressão.
“Ele ficou furioso e ergueu a mão contra mim. Desferiu o tapa, não pegou no meu rosto porque me afastei, pegou no corpo, no braço e o filho dele viu tudo. Disse pra eu ficar calma, relevar porque ele estava bêbado… Aproveitou o momento e me assediou também, falou sobre beijo, sexo, deu em cima mesmo. Eu me retirei do local”, conta.
Em nota, o deputado negou as agressões e disse que não compactua com qualquer forma de violência, constrangimentos ou desrespeito. Disse ainda que sua assessoria jurídica está ciente dos fatos e irá tomar todas as providências cabíveis.
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