Por BBC News
urso da idade do gelo: Pastores de renas no Ártico russo desenterraram os restos perfeitamente preservados de um urso da idade do gelo, informou a Universidade Federal do Nordeste da Rússia (NEFU) na segunda-feira.
O urso foi exposto pelo derretimento do permafrost nas ilhas Lyakhovsky, parte do arquipélago das Novas Ilhas Siberianas, no nordeste da Rússia.
Com os dentes e o nariz intactos, acredita-se que o urso seja uma espécie de urso-pardo que viveu de 22 mil a 39,5 mil anos atrás.
Seus restos mortais serão estudados na NEFU, localizada na cidade de Yakutsk, no leste da Rússia.
Com tecido mole
Lena Grigorieva, pesquisadora de Paleontologia do NEFU, disse à BBC que o animal seria um antigo parente do urso-pardo, uma espécie que vive hoje na Eurásia e na América do Norte.

Acredita-se que o animal seja um antigo parente do urso-pardo
Cientistas da universidade, conhecidos por suas pesquisas com mamutes-lanosos e outras espécies pré-históricas, acreditam que a descoberta não tem precedentes.
Grigorieva disse que o urso foi “a primeira e única descoberta desse tipo” a ser recuperada inteira com “tecido mole”, de acordo com um comunicado da NEFU.
“Ele está completamente preservado, com todos os órgãos internos no lugar, até o nariz”, disse Grigorieva.
“Anteriormente, apenas crânios e ossos haviam sido encontrados. Esta descoberta é de grande importância para todo o mundo”, acrescentou.

Uma análise está sendo feita para determinar a idade do urso
A universidade também disse que vai convidar outros cientistas russos para participar do estudo, com mais detalhes a serem anunciados em breve.
Agora, “é necessário fazer uma análise de radiocarbono para determinar a idade precisa do urso”, acrescentou a universidade, citando Maxim Cheprasov, pesquisador do laboratório do Museu Yakutsk Mammoth.
Mais descobertas
Além desse urso, o cadáver preservado de um filhote também foi encontrado na região de Yakutia, no extremo leste da Rússia, de acordo com a NEFU.

O urso foi encontrado por pastores de renas no permafrost da Sibéria
Em 2019, um filhote de 18 mil anos foi encontrado perfeitamente preservado, com dentes e pelo, no permafrost da Sibéria.
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