Por Ana Carolina Andrade de Mesquita
A revolução industrial introduz um novo modo de produzir que inclui, dentre outras características, o trabalho coletivo, a perda do controle do processo de produção pelos trabalhadores e a compra e venda da força de trabalho. Neste contexto, no final do século XIX e início do século XX apareceram os primeiros trabalhos tratando da administração com o objetivo de racionalização do trabalho.
Uma das primeiras teorias administrativas formulada foi a Teoria da Administração Científica de Frederick W. Taylor, em meados de 1903. Taylor propôs para o aumento da produtividade, métodos e sistemas de racionalização do trabalho e disciplina do conhecimento operário, colocando sob comando da gerência. Assim, foram escolhidos os mais aptos para realizar tarefas, e o trabalho foi fragmentado e hierarquizado. Investiu também em estudas para melhorar a eficiência do trabalhador.
A organização do trabalho e o gerenciamento no setor saúde, especialmente no ambiente hospitalar sofre, até hoje, forte influência do modelo taylorista/fordista, da administração clássica e do modelo burocrático, pois existe a preocupação em cumprir a o trabalho, sobressaindo a divisão do trabalho em tarefas, a excessiva preocupação com manuais de procedimentos, rotinas, normas, escalas e a fragmentação da assistência por atividades.
Na discussão em questão, a teoria da administração, influencia no aspecto da organização e serviços de saúde, onde cada grupo existente se comporta de uma forma, os médicos resistem a mudanças na gestão, os enfermeiros tem um grau de autonomia com técnicos e auxiliares, mas não com os médicos, já a área administrativa, é regida por uma rotina fundamental para habitual ambiente organizacional.
Essas teorias administrativas influenciam as práticas, servindo como um guia para as decisões, influenciam a forma como enxergamos as pessoas, as organizações e o meio em que elas estão inseridas e servem como um ponto de compreensão/previsão de práticas observadas nas organizações. Atualmente, há contribuições teóricas e práticas para uma mudança na gestão e organização, que envolve a implementação envolvendo a equipe médica chamados de cuidados integrais, trabalho em equipe e educação, garantindo o desenvolvimento dos trabalhadores.
Estudante universitária em Ciências Contábeis, com experiências tanto na contabilidade pública quanto na privada, atualmente no foco apenas na faculdade, não exercendo nenhum tipo de cargo.
Bibliografia:
Bertochi, G., Nicodem, V., & Moser, A. (2021). AS TEORIAS ADMINISTRATIVAS E SUAS INFLUÊNCIAS NA ENFERMAGEM. Retrieved 11 May 2021, from https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/apeusmo/article/view/26341
Matos, Eliane, & Pires, Denise. (2006). Teorias administrativas e organização do trabalho: de Taylor aos dias atuais, influências no setor saúde e na enfermagem. Texto & Contexto – Enfermagem, 15(3), 508-514. https://doi.org/10.1590/S0104-07072006000300017
(2021). Retrieved 11 May 2021, from http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_16_p125-139_c.pdf
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