Por Edilene Nunes de Oliveira
A Uber chegou no Brasil no ano 2014 é tem transformado o modo como as pessoas se movimentam pelas cidades e centro urbanos, era inimaginável a ideia de que em pouco tempo não seria mais necessário ter um carro no Brasil. De Norte a Sul do País, em todos os Estados, a tranquilidade de saber que há um carro disponível em poucos minutos pelo aplicativo, a qualquer hora e em qualquer dia da semana, mudou a maneira das pessoas se comportarem.
A missão da Uber é oferecer transporte confiável para as pessoas, em todos os lugares. Para isso, a companhia segue diretrizes como respeito mútuo, segurança e qualidade. Segundo dados da companhia, a política da Uber se baseia em “tolerância zero com qualquer tipo de discriminação”.
As plataformas digitais são uma das principais direcionadoras de mudança dessa revolução tecnológica no âmbito das relações trabalhistas, pois viabilizam a flexibilização física e temporal do trabalho. Segundo estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria em 2017, as plataformas de intermediação e de Crowdworking são as que apresentam maior potencial de impacto no mundo do trabalho, trabalhadores são conectados diretamente a clientes, por meio de segundos, diferentes tarefas são realizadas remotamente por trabalhadores.
Ambas impactam o número de contratação de trabalhadores terceirizados e autônomos e, consequentemente, a jornada e o local de trabalho, uma vez que reduzem as barreiras entre empresas e indivíduos.
O mundo do trabalho passou a se organizar de modo mais estruturado, globalizado e flexível, em um contexto de controle sutil e difuso que se adequa ao ideal de compartilhamento que move a economia contemporânea, chamada de GIG ECONOMY ou “economia compartilhada”. As plataformas de intermediação e de Crowdworking, surgem o Crowdwork espécie de terceirização de trabalhos fragmentados para um grande número de pessoas, em uma base global em que o trabalho sob demanda via aplicativos, cujo modelo econômico a Uber foi precursora.
Nesse momento em que estamos vivendo com Pandemia da Covid-19, as pessoas acima de 50 anos a grande maioria perderam o emprego e com isso sua renda familiar, muitas pessoas viram a Empresa Uber como uma fonte de renda.
A principal motivação para o trabalho com aplicativos o fato de estarem desempregados no período da crise econômica brasileira e terem encontrado dificuldade de conquistar recolocação no mercado de trabalho devido à preferência por pessoas mais jovens.
Os motoristas de aplicativos como possibilidade laboral para a população as pessoas acima de 50 anos têm como principal aspecto negativo elevado pelos motoristas foi a insegurança e como aspecto positivo foi citada a flexibilidade de horário e a importância do envolvimento em atividades laborais para a construção da identidade.
O Brasil tem experimentado um crescente envelhecimento populacional, o qual vem sendo relacionado à queda nas taxas de fecundidade e ao aumento da expectativa de vida.
Pessoas com mais de 50 anos de idade acabam se deparando com desigualdade na oferta de empregos, visto que o mercado de trabalho tende a procurar por pessoas mais jovens, que possuem educação mais aprimorada, falam outro idioma e fazem uso independente de novas tecnologias. Destaca-se também o (pré)conceito existente na sociedade de que, ao caminhar para a velhice, o indivíduo está se distanciado do mundo laboral e segue para o final do ciclo produtivo. As pessoas não perdem talento porque adquire idade, não perde a capacidade de aprendizagem e conhecimento.
Bibliografia:
Tran, M., & Sokas, R. K. (2017). The Gig Economy and contingent work: an occupational health assessment. Journal of Occupational and Environmental Medicine, 59(4), 63-66. http://dx.doi.org/10.1097/JOM.0000000000000977.
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Barros, Luana de, & Raymundo, Taiuani Marquine. (2021). Envelhecimento, trabalho e tecnologia: motorista de aplicativos como possibilidade laboral para a população 50+. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 29, e2039. Epub April 05, 2021.https://doi.org/10.1590/2526-8910.ctoao2039
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