Por:  Ruth Mylla Monteiro Valdivino (convidada) / Kennedy G. de Alecrim

Como o gestor deve se fazer presente nesse momento de pandemia e trabalho remoto? Segundo a psicóloga Marli Arruda o gestor precisa, claro em primeiro lugar estar bem, se cuidar para cuidar do outro. No momento de cobrança o gestor precisa entender como está o seu colaborador, mesmo trabalhando em casa ele ainda tem outros afazeres, saber o que está acontecendo dentro da família do colaborador, ser mais humano nesse momento. O momento agora é de ter mais empatia pelo outro, ajudar aquele colega de trabalho que tem alguma dificuldade. É preciso saber também como está sendo a rotina daquele colaborador que tem o ambiente de trabalho como uma fuga de casa. Diversas teorias trazem o entendimento de que o colaborador sente que a organização está pensando nele como pessoa, pensando na sua família. Isso traz para o colaborador uma motivação afetiva de ajudar a empresa. A forma que o gestor trata seus colaboradores precisa ser mais participativa integrando esse colaborador ao objetivo real da empresa. Isso faz o trabalho ter sentido.

Por que dessa preocupação ? O mundo vai precisar pensar nas consequências que a crise esta trazendo consigo, muita coisa mudou. A imposição do teletrabalho, as formas de gestão de negócios entre outras. 

Segundo Murilo Bomfim (Revista Exame), em sua matéria de 25 de março, salientou que as empresas foram forçadas a adotar novos hábitos e revelar que modelos de negócios e de gestão devem ser repensados. “A transparência – não somente em momentos de crise – pode ser uma nova tônica da gestão de empresas pós coronavírus, impulsionada pelo trabalho remoto.” relata Bomfim.  A comunicação também será um ponto a ser mudado não somente com o gestor imediato, mas a comunicação com todo o pessoal da empresa.  

Nesse contexto, Rafael Souto (Jornal Valor Econômico), em sua matéria de 02 de abril disse acreditar que o emprego nunca mais será o mesmo e que todos nos já estamos demitidos dos modelos tradicionais de trabalho e teremos que nos reinventar. A maneira como trabalhamos antes da pandemia já está fadada ao esquecimento, novas formas de gestão estão chegando, novas formas de relacionamento com a empresa e com os líderes. A comunicação vai ser tratada de maneira mais clara e aberta e isso não é fácil. Sua empresa está preparada para tamanha mudança de comportamento e de gestão? Você têm confiança em “abrir o jogo” com seus colaboradores ? Pois essa crise nos mostrou que muitos pequenos empresários estão despreparados para manter um negócio. Talvez porque seguem o desenho tradicional de demonstrar ter todas as respostas. Claro que a grande maioria que sofreu, mau teve oportunidade de equilibrar as contas por motivos de pouco tempo de mercado (três meses, pós-férias, parcelas de décimo terceiro), isso “aperta” muito as finanças das empresas, mas é preciso encarar a gestão financeira e administrativa de forma mais profissional, elástica e participativa, ganhando todo o tempo possível nos prazos de negociação com fornecedores e até mesmo com os funcionários.  

Quando as economias retomarem uma escala de crescimento, mesmo que mínima, muitas empresas vão mudar sua forma de lidar com o trabalho remoto e com a gestão estratégica da empresa. Líderes terão um olhar diferente para sua gestão, e espero que isso mude mesmo a mentalidade de algumas famílias corporativas. Procure entender como funciona a nova gestão. Não precisa ser algo grandioso, um pouquinho aqui e outro pouco ali já fará diferença. A empresa, familiar ou não, que não mudar a mentalidade nesse período vai ficar para trás na história da administração. 

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