Por: Ricardo Mendes D Abadia (convidado) / Kennedy G. de Alecrim

O Covid-19 surgiu no fim do ano de 2019 e está se disseminando cada vez mais no ano de 2020. Temos um grande impacto na saúde global e como consequência um impacto na economia. Com isso já temos milhões de pessoas desempregadas no mundo. O avanço da covid-19 no Brasil já provocou um efeito devastador no mercado de trabalho. Os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que o desemprego saltou de 11,2% no trimestre até janeiro para 12,6% em abril. Mas, segundo projeção do Itaú Unibanco, o número é, na verdade, bem pior pois isso irá atingir as necessidades de segurança que no caso serão a falta de um emprego e a instabilidade financeira, levando problemas também para as necessidades fisiológicas e de autoestima, pois o trabalhador sofrerá abalo em sua carreira e consequentemente em sua autoconfiança. 

Trabalhadores que permaneceram empregados tiveram que adaptar sua rotina, que era praticada na empresa, transferida para sua residência, na modalidade “Home Office”, exigindo sua resiliência e uma autorregulação, baseada em perceber, comparar e agir com maior disciplina para conseguir executar suas demandas. 

Mas nem tudo foi tão ruim assim. É verdade que nessa pandemia grande parte das empresas declaram falência, mas podemos ressaltar alguns ramos que se mantiveram estáveis, no caso dos mercados, açougues, fast-foods, empresas de internet e tv acabo. Outras conseguiram um crescimento significativo em suas demandas como as costureiras, Netflix, YoutubeTwitch TV e Amazon Prime Vídeo. De tempos em tempos o mercado faz o dinheiro mudar de mãos, a exemplo do ramo de costura que teve um crescimento significativo por conta da demanda de mascaras que passaram a ser um equipamento de proteção individual obrigatório. No caso dos demais exemplos, cresceram por conta da necessidade de entretenimento digital, em resposta à ociosidade e distanciamento social em casa, logo tiveram de ocupar seu tempo com algo.  

Nessa mudança de mercado, talvez o grande impacto foi voltado aos autônomos que trabalham até mesmo sem um espaço fixo, como vendedores ambulantes, fotógrafos, promoters e etc… Muitas dessas pessoas infelizmente não conseguiram continuar trabalhando ou tiveram um grande impacto em suas demandas. Mas se olharmos a internet podemos perceber que muitos desses microempreendedores tiveram que adotar novos modos para garantir sua renda utilizando a internet como meio de negociação e de apresentação de seus produtos e serviços. Coloco aqui, como exemplo, um amigo fotógrafo que vendeu pacotes de sessões de fotos antecipados, e assim garantiu a continuidade de seu ramo do empreendedorismo, mas para completar sua renda iniciou também uma hamburgueria (artesanal.bsb) que divulga via Instagram, e desse modo está vivendo em meio a pandemia. Este exemplo demonstra os conceitos de resiliência e autorregularão. Mas nem todos conseguem ter essa atitude. Por quê? Porque possuem dificuldade em se adaptar.  

O fim dessa pandemia ainda não é algo em que podemos imaginar ou prever, mas podemos tomar como certo que quando tudo isso passar nada será como antigamente, além de ser um marco histórico em que os alunos irão estudar mais adiante, também teremos uma crescente no ramo digital, pois irá aumentar o número de pessoas que irão trabalhar em Home Office e consequentemente o fluxo de pessoas nas ruas para se deslocarem ao seu local de trabalho, que irá diminuir, com isso muitas profissões que são desempenhadas nesse trajeto (exemplo os vendedores ambulantes) irão acabar tendo sua demanda reduzida ou simplesmente não terão demanda. O ponto essencial é que mesmo diante desse cenário tão difícil as oportunidades existem, e talvez seja a chance de desenhar um futuro que antes de tudo isso acontecer não seria possível.  E para você, um copo com água pela metade está meio cheio ou meio vazio? Sua resposta vai mostrar sua resiliência.

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