Por: Hellen Vitoria Clarentino de Moura da Silva (convidada) / Kennedy G. Alecrim

A capacidade do indivíduo de se adaptar ao um novo modelo de vida que está sempre em constante mudança e novas tecnologias se tornam um grande desafio Principalmente para os idosos que ainda são trabalhadores ativos. O home office no tempo desta vasta pandemia do covid-19 é uma das adaptações feitas pelas organizações, podendo “pegar” o empregado de modo inesperado. Logo a capacidade da autorregulação do indivíduo, nesse novo cenário, traz um maior impacto ao trabalhador, e em especial aqueles que tem uma maior dificuldade em vivenciar o uso da tecnologia. Entre eles os idosos.

Uma pesquisa feita pela CNDL/SPC Brasil em 2018, mostrou que, mesmo aposentados, 21% dos idosos ainda trabalham e na situação em que nos encontramos hoje, os indivíduos passaram a ter que se expor mais as novas mudanças e se tornarem verdadeiros protagonistas de suas próprias carreiras, e menos dependentes das organizações. Para que isso ocorra, os idosos, como públicos menos citados e quase invisível, por conta dos esteriótipos que cercam o conceito de idade avançada, terão que ir em  busca de novos conhecimentos, pois será fundamental para sua permanência no mercado de trabalho

É de extrema importância o apoio da família (netos ou jovens) no sentido de ajudar os idosos a se inserirem nesse novo mercado de trabalho, e sempre que possível revisando os pilares estabelecidos em sua carreira. Nesse contexto, para citar um desses pilares que deve ser revisto, chamo a atenção para o sentimento de satisfação da pessoa em relação ao cargo, que é um dos dois fatores elaborados por Herzberg (psicólogo criador da “Teoria dos dois fatores” que aborda a situação de motivação e satisfação em ambientes de trabalho), o qual descreveu que  satisfação no cargo é em função do conteúdo ou atividades desafiadoras e estimulantes do cargo, por isso chamados “fatores motivadores”, Daí a importante de que as empresas deem condições para que as pessoas da terceira idade tenham atividades que possibilitem a sensação de desafio e ao mesmo tempo de apoio da organização para o alcance da demanda.

É importante citar que nesse cenário os líderes vão ter um comando de controle diferente do que habitualmente utilizado, necessitando de uma nova abordagem, com mais diálogos, e estabelecendo confiança e tempo pra conversar sobre a pessoa e discutir as necessidades delas e não só das demandas e necessidades das tarefas dadas. Pois isso irá facilitar ao idoso o desenvolvimento da eficiência pelo sentimento de pertença.

Já é esperada uma série de ajustes de forte impacto pós pandemia por parte das organizações e com eles uma grande pressão por resultados, e uma maior necessidade de um resultado em curto prazo, logo assim terá uma reformulação dos modelos estruturais de produção e também hierárquicos, pois com a maior demanda o trabalhador, independentemente da idade usufruirá de uma oportunidade em mostrar seu potencial, com base em informações e feedback da ortogonização, para que tanto os idosos quanto qualquer outra pessoa do ambiente possa aprender e implementar novos comportamento ou aprendizagem. 

Se o idoso precisa se sentir incluso na sociedade, que dirá na empresa, para se sentir motivado. Por isso, a dica para o líder é buscar a coesão grupal (pesquise o tema) , isso fará com que o idoso  sinta maior satisfação, maior comunicação e produtividade, e isso não só para o idoso mais para todos os membros que compõem o grupo.

Por último, o líder deve buscar entender que não é por conta da idade que o idoso prefere as ideias antigas, mas pela falta de suporte que dê a ele a segurança de aprender novos recursos sem a sensação de estar atrapalhando a turma. O desafio é a base do descongelamento e assim o idoso se adaptara a esse novo modelos de mercado de trabalho. 

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