Por: Daniel Oliveira da Silva (convidado) / Kennedy G. de Alecrim
Durante essa pandemia de covid-19, uma das alternativas apresentada pela maioria das empresas, é que seus funcionários exerção suas atividades direto de suas residências, essa modalidade de trabalho é mais conhecida como “home Office”. Sendo essa, uma das estratégias de diminuir gastos com infraestrutura, transporte, ticket alimentação entre outros, e também uma forma de aumentar a produtividade. Como exemplo podemos citar a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), na qual estudos demonstraram uma economia de R$ 15,1 milhões de gastos operacionais nos escritórios, com a utilização desse formato de trabalho. Essas e outras propostas nos mostram uma clara característica de mudança voltada para a flexibilidade do trabalho pelo uso das tecnologias, buscando a adaptação ao mercado atual, regido pelo impacto da pandemia.
Mais somente o especto económico, deve ser levado em consideração em um momento de crise? Creio que não! Devido a este cenário atual, é nítida a importância da gestão dos recursos intangíveis, tanto nas relações entre os funcionários, quanto entre funcionários e a empresa. Empatia ou a própria satisfação e motivação dos funcionários, em fazer parte da organização, devem ser preocupações das organizações em todos os momentos, como nos procedimentos que demostram os rumos da empresa perante os tempos de crise, até mesmo reservando um tempo para diálogos mais informais, assim mostrando uma nítida troca afetiva entre as partes, mantendo um elo que possibilite a promoção do bem-estar emocional da equipe.
Para a gestão de equipes em “Home Office” é preciso ter gestores aptos há simplificar os processos e transmitir informações com total clareza, fazendo reuniões ou mesmo discussões sobre estratégias diárias. Esse gestor deve estar disposto há ouvir mais as propostas de suas equipes, e serem mais flexíveis, sendo esses alguns, dos vários métodos para integrar e motivar, de forma mais intimista, seus funcionários, em buscando não só de uma maior eficiência nas atividades diárias, mas também pensando no lado social que nos cerca nesse período. Sendo claro a abordagem da busca pela satisfação do funcionário e por reconhecer mais suas necessidades de autoestima nesse momento de crise.
O “Home-Office” se tornou uma estratégia tão benquista no meio empresarial, neste momento de crise, que o número de organizações que pretendem adotar essa modalidade de trabalho, vem crescendo a cada dia. Sendo ela uma resposta há essa pandemia e uma estratégia económica, aonde onde são eliminados custos fixos com aluguel, estacionamento, manutenção, entre outros. É certo dizer que ele veio para ficar, e para revolucionar o mercado hoje existente, mesmo com um ambiente ainda desconhecido, que nos aguarda apos essa pandemia.
Mas quando não existe alguém que diga para “parar”, “dar um tempo”, “descansar”? Pois no caso dos colaboradores nessa modalidade de trabalho, e em especial os autônomos, o empenho exacerbado pode gerar o novo mau dos ambientes de trabalho. O chamado Zoom fatigue que é diferente da chamada síndrome de “Burnout”. Pois o Burnout é uma exaustão por conta do excesso de trabalho acompanhado de sentimentos negativos, como frustração, falta de retorno ou um ambiente de trabalho nocivo” e o princípio do Zoom fatigue surge do excesso de exposição aos estímulos das plataformas de trabalho (videoconferências constantes, múltiplas telas de informação, etc.) que causam uma sensação de exaustão por exigirem processos cerebrais diferentes de interpretação do que nos utilizados em convivência presencial. Embora tenha sido batizado com base na ferramenta Zoom essa síndrome pode ocorrer para qualquer chamada de vídeo, incluindo WhatsApp, Skype, Google Meet e outras plataformas. Novos tempos, novos problemas, assim é a vida.