Por: Leonardo Martins Bitencourte (convidado) / Kennedy G de Alecrim

 Os principais líderes políticos e empresariais, com o objetivo de não terem prejuízo optaram pelo home office ou teletrabalho como alternativa ao expediente presencial com intuito de manter os negócios fluindo o melhor possível em meio à crise econômica causada pelo vírus covid-19.  

           Devido a pandemia e o “lockdown” as grandes empresas tiveram que se adaptar à nova situação, revivendo e popularizando o home office e com ele em andamento a produtividade, em teoria, aumenta por causa do ambiente familiar. Porém sem disciplina para focar no trabalho pode ocorrer justamente o contrário.  

           Muitos  pequenos empresários e lojistas infelizmente não estão tendo tanta sorte em meio à crise econômica como as grandes empresas, já que para eles a venda virtual em geral não é viável, as vezes nem mesmo possível e acabam por ir a falência, criando grandes dívidas, as quais mesmo com a ajuda do governo não conseguem quitar.  

           Em contrapartida, ocorreram casos onde os lojistas e pequenos empresários se adaptaram a nova demanda por serviços online e desse jeito obtiveram um maior alcance publicitário e lucrativo na questão de vendas, além da diminuição de custos já que muitos espaços comerciais foram devolvidos e não houve mais custo com aluguel e manutenção de loja física, ocorrendo todo o processo logístico no “conforto” de casa sem os gastos de transporte e/ou funcionários. Se reinventaram. 

Seja qual for a situação nada é ou será como antes. A pandemia possui um grande impacto em todos os setores, já que força uma mudança drástica na rotina e acaba por prejudicar inicialmente a produtividade, especialmente em atividades cujo relacionamento presencial é mais determinante. Nota-se, no entanto, que com o tempo a situação está se estabilizando e em algumas áreas a produtividade pode até mesmo subir e ultrapassar os níveis pré-pandemia, sobretudo nas atividades que demandam concentração e criação solitária, tais como desenvolvimento de sistemas na tecnologia da informação, analises de peças jurídicas etc. Essas áreas se beneficiaram com a característica de trabalho isolado proporcionada pela modalidade do home office. 

Infelizmente toda essa onda de serviços e trabalhos a distância também trouce um grande maleficio, o fatídico “zoom fatigue”, que ocorre principalmente em situações de maratonas em home office com bastante sucessões de tarefas, estímulos visuais e informações diante da tela. Com a necessidade presencial anulada as reuniões remotas se fizeram de extrema importância tirando assim a possibilidade de pausas e descanso fazendo o expediente parecer uma grande e interminável reunião. O “zoom fatigue” se assemelha à versão física da exaustão no trabalho conhecida como  “síndrome de Burnout”, que explicado de forma simples e uma condição de estafa que ocorre quando trabalhamos por grandes períodos sem descanso, em ambientes psicologicamente tóxicos, onde metas e desafios se sucedem de forma insalubre e muitas vezes sem feedback adequado para o trabalhador, causando estresse, frustração, exaustão etc. Nesses casos o ideal e trabalhar a autogestão e estabelecer períodos claros de trabalho, de modo a se afastar do computador e descansar por períodos escalonados do dia, para não piorar a situação. 

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