Por:  Paulo Henrique da Costa Santos (convidado) / Kennedy G. de Alecrim

Em tempos de crise, como a que estamos vivendo, é de suma importância que as organizações, e quando cito organizações falo de empresas privadas e públicas, se adequem a este novo cenário de uma crise causada por uma pandemia. A doença causada pelo Covid-19. 

Nesse contexto o home office, que é quando o funcionário passa a exercer suas funções laborais em sua residência, se tornou uma das alternativas que as empresas estão adotando como mecanismo de impedir que esses mesmos funcionários se contaminem ao sair de suas casas em direção aos locais de trabalho. Essa medida concorda com o isolamento social determinado pela OMS e entidades governamentais e estaduais. Mas principalmente com bom senso !

Nesse caso estamos tratando o teletrabalho não mais como uma forma de atuação isolada, e sim como uma medida que visa garantir a segurança dos trabalhadores que passam a exercer suas funções em suas respectivas casas e assim evitar que a atividade da empresa cesse por um determinado período. É claro que não são todas as empresas, ou setores de uma empresa, que podem adotar esse tipo de trabalho, uma vez que existem outros fatores produtivos e ramos de negócios que inviabilizam o uso do teletrabalho. Neste contexto vemos o home office como uma atitude de mudança no ambiente de trabalho pontual e privilegiado. 

As organizações buscam acompanhar as mudanças e dar importância ao ambiente, seja ele interno ou externo, procurando rever as diversas etapas de seu processo produtivo em um contexto de crise ou até mesmo de uma mudança gradativa, já que a sociedade e as pessoas estão em completa transformação. Assim sendo, o home office é uma solução eficiente a curto ou médio prazo que busca minimizar os efeitos causados pela crise. 

Lidar com o covid-19 e até mesmo com outras crises é um desafio que as empresas precisam enfrentar. Muitas organizações tem dado mais protagonismo aos seus colaboradores e trazendo estes para um processo de discussão mais participativa, afim de dividir e solucionar os problemas de forma conjunta. Quando você dá protagonismo e a chance  desse funcionário fazer parte do processo de resolução de problemas, ele passa a se sentir uma importância maior dentro do aspecto social do trabalho, tendo oportunidade de trazer sua opinião (espaço de fala) e dar mais ênfase ao seu trabalho. 

Se deve levar em conta o conhecimento que a organização tem, abraçando todos os níveis: estratégico, tático e talvez, principalmente, o operacional, e é ai que eu quero chegar. O conhecimento que se encontra no nível operacional (conhecido como piso de fábrica), é muito importante por trazer uma visão mais rotineira, básica, crua das atividades da empresa e muitas vezes é lá que os problemas se iniciam ou são mais percebidos.  Devemos lembrar que na medida em que a empresa cresce seus dirigentes se distanciam das realidades do piso de fábrica, e, portanto, não ficam sabendo dos problemas e até mesmo de possíveis soluções que advêm desse grupo que sustenta toda a organização.  É importante lembrar que em uma organização “o todo organizacional é maior que a soma de suas partes”. Tudo e todos têm importância.

Agora, mais do que nunca, as organizações precisam se ajustar à essa nova realidade, rever seu processo produtivo e contar com a ajuda de seus funcionários. Todo eles! Visto que toda colaboração é importante. Trazer uma abordagem mais humanista e voltada para as transformações  permitirá que a empresa acompanhe as mudanças e tenha uma contribuição mais colaborativa de seus empregados. Talvez seja essa a lição que as startups, companhias e empresas que estão no início de suas atividades e que buscam explorar atividades inovadoras no mercado, têm a ensinar. Sua estrutura enxuta possui, entre outras propostas, a ideia de equipe, time, coesão. Egocentrismo não combina com o atual e nem com o futuro cenário da administração.

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